terça-feira, 31 de maio de 2016

31 de Maio: Dia Mundial Sem Tabaco


Tabaco é um produto agrícola processado das folhas de plantas do gênero Nicotiana. É consumido como uma droga recreativa sob a forma de cigarro, charuto, cachimbo, rapé, narguilé, charro ou fumo mascado. 

Acerca do cigarro, sabe-se que:
  • A fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 4.700 substâncias tóxicas diferentes; constituída de duas fases: a fase particulada e a fase gasosa. A fase gasosa é composta, entre outros, por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína. A fase particulada contém nicotina e alcatrão.
  • O alcatrão é um composto de mais de 40 substâncias comprovadamente cancerígenas, formado à partir da combustão dos derivados do tabaco. Entre elas, o arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, resíduos de agrotóxicos, substâncias radioativas, como o Polônio 210, acetona, naftalina e até fósforo P4/P6, substâncias usadas para veneno de rato.
  • O monóxido de carbono (CO) se junta à hemoglobina (Hb) presente nos glóbulos vermelhos do sangue, que transportam oxigênio para todos os órgãos do corpo, dificultando a oxigenação do sangue, privando alguns órgãos do oxigênio e causando doenças como a aterosclerose.
  • A nicotina é considerada pela Organização Mundial da Saúde/OMS uma droga psicoativa que causa dependência. A nicotina age no sistema nervoso central como a cocaína, com uma diferença: chega em torno de 9 segundos ao cérebro. Por isso, o tabagismo é classificado como doença estando inserido no Código Internacional de Doenças (CID-10) no grupo de transtornos mentais e de comportamento devido ao uso de substância psicoativa.
Devemos lembrar que, embora o Estado permita sua fabricação e comercialização por conta dos impostos arrecadados, a nicotina, presente no cigarro, é uma droga extremamente viciante, e causa dependência física e psicológica. No Brasil, o tabagismo é responsável por mais de 120.000 mortes ao ano.

Até a década de 90, notava-se uma intensa propaganda sobre cigarros nos meios de comunicação, com extrema romantização da droga, que era sinal de status e poder, tanto aquisitivo como persuasivo. Uma completa enganação, motivada por lucros enormes em detrimento da saúde de milhões de pessoas pelo mundo afora.

Assim que é tragada a fumaça causa diversas alterações no organismo: aumento da pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos e constrição dos vasos sangüíneos. Isto faz o coração ter de bater com mais força e, com o passar do tempo, o fumante tem boas chances de desenvolver problemas cardiovasculares. 

Não é exagero dizer que o cigarro, charutos, cachimbos, etc, são venenos para o organismo, sem contar que seus restos são despejados de maneira inadequada, criando assim altos riscos de incêndios e queimadas.

Quanto mais tempo a pessoa fuma, mais difícil é largar o vício e maiores são as chances de desenvolver algum tipo de doença relacionada ao tabaco. Para abandonar o vício são necessárias algumas atitudes como: grande motivação individual, estabelecer uma data específica, solicitar a ajuda de um profissional a fim de obter remédios para passar pela síndrome de abstinência da melhor forma possível.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Zika Vírus x Microcefalia: O Que Você Precisa Saber

Microcefalia é nome que se dá quando a cabeça de uma pessoa apresenta tamanho menor do que o esperado para a idade. Pode resultar de problemas ocorridos no nascimento ou no transcorrer dos dois primeiros anos de vida (problemas que impeçam o crescimento normal do sistema nervoso central), ou ainda resultar de processos intra-uterinos e ser congênita (que é quando o bebê já nasce com a cabeça pequena).

Vive-se atualmente uma situação na região Nordeste do Brasil (predominantemente em Pernambuco) em que muitos bebês estão nascendo microcefálicos, situação que vem gerando muitas dúvidas e medo na população brasileira.

Existem várias causas para a microcefalia congênita, as quais estão sendo investigadas pelos órgãos competentes em âmbito nacional a fim de esclarecer esse momento atual. Essas causas podem ser biológicas, genéticas, ambientais, químicas ou físicas, podendo estar relacionadas a doenças ou problemas ocorridos na gestação, portanto é muito importante a realização das consultas pré-natais. Alguns exemplos: transtornos genéticos, uso de substâncias tóxicas como cigarro, álcool, drogas ilícitas, cosméticos inadequados para gestantes, exposição a radiação, medicamentos sem ciência do médico, infecções e motivos desconhecidos.

A suspeita era de que os casos que estão ocorrendo de modo epidêmico no nosso país sejam consequência de infecções nas gestantes, estando em investigação rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus, parvo vírus, herpes vírus e, devido ao relato de manchas vermelhas no corpo de algumas mães de bebês afetados, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti como Dengue, Chikungunya e Zika. Não existem dados robustos na literatura médica que relacionem Zika com microcefalia, mas, devido ao grande número de casos dessa infecção nessa região do país, tornou-se um importante suspeito. 

Em 25 de novembro de 2015, O governo da Polinésia (território ultramarino da França) anunciou que estava investigando uma possível relação entre o Zika vírus e casos de má-formação em bebês. A população local sofreu com uma epidemia de Zika entre 2013 e 2014.

Após diversas pesquisas, o Ministério da Saúde confirmou no dia 28 de novembro de 2015 a relação entre o vírus Zika e o surto de microcefalia. 

O Instituto Evandro Chagas, órgão do ministério em Belém (PA), encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê, nascida no Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos, foi identificada a presença do vírus zika. Foi uma situação inédita na pesquisa científica mundial. 

As investigações sobre o tema continuam, para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.

Assim, está sendo fortemente recomendado que as gestantes se protejam de mosquitos, especialmente durante os primeiros 4 meses – período de formação dos órgãos do futuro bebê. Isso deve ocorrer em todo o país, tendo em vista que casos de Zika estão começando a aparecer nacionalmente, devido ao vetor (mosquito) e deslocamento de pessoas (viajantes). 

Por causa do zika, a Colômbia pediu que casais adiassem planos de ter um filho. "Considerando a atual fase em que se encontra a epidemia do zika vírus e o risco que ela traz, recomenda-se que os casais que vivem em território nacional evitem gestações durante essa fase, que pode se estender até o mês de julho de 2016."

O atendimento das crianças que nasceram com microcefalia vem sendo realizado nos serviços de atenção básica do Sistema Único de Saúde em nível local. Crianças com essa condição devem ser investigadas e monitorizadas pelo pediatra quanto ao crescimento e desenvolvimento, com seguimento multiprofissional e multi-especialidades se houver detecção de atrasos, com a finalidade de minimizar qualquer potencial dano decorrente do crescimento insuficiente do cérebro.

Mosquitos Transgênicos

Aedes transgênicos
É um experimento com mosquitos geneticamente modificados, com as cores azul, laranja, rosa e amarelo, são conhecidos como 'Aedes do Bem'. São Aedes Aegypti transgênicos. O experimento é feito na cidade de Piracicaba (SP) desde abril de 2015, surpreendendo os moradores que não foram avisados sobre a realização. Tem o objetivo de tornar os mosquitos, utilizados para combater a disseminação do Zika, e também da Dengue e Chikungunya, resistentes.

É o OX513A, que foi criado em 2002 pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, financiado pela Oxitec. Ele é idêntico ao Aedes Aegypti - exceto por dois genes modificados, colocados pelo homem. Um deles faz as larvas do mosquito brilharem sob uma luz especial (para que elas possam ser identificadas por cientistas), o outro é uma espécie de bomba-relógio, que mata os filhotes do mosquito. A ideia é que ele seja solto na natureza, se reproduza com as fêmeas de Aedes e tenha filhotes defeituosos - que morrem muito rápido, antes de chegar à idade adulta – no máximo 4% das larvas chegam à vida adulta, e por isso não conseguem se reproduzir. Com o tempo, esse processo vai reduzindo a população da espécie, até extingui-la.

O experimento é bastante polêmico e de eficácia questionável tanto quanto os possíveis efeitos colaterais, e a incerteza sobre a reação do mosquito modificado no meio ambiente. Cientistas temem que abra caminho para o mosquito Aedes albopictus, mais eficiente na transmissão de doenças como a chikungunya, malária e febre amarela.

"O albopictus já foi o principal fator de transmissão da dengue. E pode voltar. E a natureza ensina que não há vazio. Se um mosquito sai, entra outro", diz o ex-conselheiro da CTNBio Leonardo Melgarejo, professor do mestrado profissional em agroecossistemas da Universidade Federal de Santa Catarina.

"E, o que aconteceria? A empresa criaria um transgênico de outro mosquito para as prefeituras comprarem novamente, num ciclo sem fim?", questiona ele, que também se manifestou contra a liberação do inseto transgênico para comercialização durante seu mandato de conselheiro na CTNBio.

A Oxitec afirma não ter identificado entrada do albopictus no lugar do aegypti. "Isso foi estudado recentemente no Panamá e não houve evidências de substituição. Resultados obtidos em um estudo em andamento em Piracicaba, onde o Aedes albopictus está presente, mostram evidências insuficientes de que o Aedes aegypti será substituído", disse Hadyn Parry, chefe-executivo da Oxitec.

"A população não pode ser cobaia", critica o biólogo José Maria Ferraz, conselheiro da CTNBio à época em que o órgão inicialmente examinou o OX513A. "Não somos contra modificações genéticas. Somos contra a forma apressada como a liberação foi feita", diz ele, que também assinou a petição enviada ao Ministério Público em Piracicaba.

Dezoito conselheiros votaram na sessão de 10 de abril de 2014 da CTNBio que liberou o mosquito transgênico – 16 a favor, um contra e uma abstenção.

Pesquisador convidado do Laboratório de Engenharia Ecológica da Unicamp, Ferraz diz que a liberação do uso comercial do OX513A pelo órgão foi "obscura" e, segundo ele, levou a metade dos 5 anos pelos quais normalmente pedidos como este tramitam.

Para medir a eficácia do projeto em reduzir a população do mosquito, a proliferação do Aedes foi comparada em dois pontos diferentes da cidade de Piracicaba, a 1,5 km de distância, onde havia infestação. Comparou-se a quantidade de larvas selvagens em dezembro 2015 na área tratada e o número foi dividido pela área controle. Depois, a quantidade de larvas selvagens em abril 2015 na área tratada foi dividida pela quantidade na área controle. A diferença entre essas duas medidas é que apontou redução de 82%.

“Os mapas dos níveis de infestação mostram que as liberações contínuas do 'Aedes aegypti do Bem' estão prevenindo a explosão populacional do mosquito selvagem que, em geral, acompanha a estação chuvosa”, afirmou Glen Slade, diretor da Oxitec no Brasil, em comunicado.

Em outros testes que realizou antes de Piracicaba, a empresa também relata ter tido bons resultados. Em Juazeiro (BA), um teste feito em um bairro na periferia da cidade, e teve uma redução de 80% na população de larvas de Aedes aegypti. Foi medida também a população de mosquitos alados adultos, e a redução foi ainda maior: 95%.

Os resultados foram descritos num estudo que passou por revisão independente e foi publicado na revista “PLoS Neglected Tropical Diseases” em julho de 2015.

Em 2010, um teste nas ilhas Cayman, no Caribe, também obteve sucesso, com redução de 82% na população do mosquito. Um teste em Jacobina (BA) relatou redução de 79%.

E você, qual sua opinião sobre a polêmica dos mosquitos geneticamente modificados?

Zika Vírus

O Zika é um vírus transmitido principalmente por mosquitos, tais como Aedes aegypti, e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. A maior concentração de casos de vírus zika congênita está no Nordeste, de acordo com alertas epidemiológicos da Organização Mundial da Saúde e da Organização Pan-Americana de Saúde. No entanto, há conhecimento de casos em todas as regiões do Brasil.
Imagem é representação da superfície do vírus da zika; equipe de cientistas conseguiu determinar a estrutura do vírus pela primeira vez  (Foto: Universidade Purdue/Cortesia)
Representação da imagem do vírus Zika (2016)
Como identificar o mosquito Aedes
O vírus Zika foi isolado pela primeira vez em primatas não humanos em Uganda, na floresta Zika em 1947, por esse motivo esta denominação. Entre 1951 a 2013, evidências sorológicas em humanos foram notificadas em países da África (Uganda, Tanzânia, Egito, República da África Central, Serra Leoa e Gabão), Ásia (Índia, Malásia, Filipinas, Tailândia, Vietnã e Indonésia) e Oceania (Micronésia e Polinésia Francesa). Nas Américas, o Zika Vírus somente foi identificado na Ilha de Páscoa, território do Chile no oceano Pacífico, 3.500 km do continente no início de 2014. O Zika Vírus é considerado endêmico no Leste e Oeste do continente Africano. Evidências sorológicas em humanos sugerem que a partir do ano de 1966 o vírus tenha se disseminado para o continente asiático. 

Atualmente há registro de circulação esporádica na África (Nigéria, Tanzânia, Egito, África Central, Serra Leoa, Gabão, Senegal, Costa do Marfim, Camarões, Etiópia, Quénia, Somália e Burkina Faso) e Ásia (Malásia, Índia, Paquistão, Filipinas, Tailândia, Vietnã, Camboja, Índia, Indonésia) e Oceania (Micronésia, Polinésia Francesa, Nova Caledônia/França e Ilhas Cook). Casos importados de Zika virus foram descritos no Canadá, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e Austrália (12).

Em 1 de fevereiro de 2016, após discutir aspectos relacionados ao risco da proliferação da microcefalia ligada ao zika vírus nas Américas, a OMS decretou situação de "emergência de saúde pública de interesse internacional" para os casos de má-formação e de disfunções neurológicas. Com isso, a organização espera facilitar a mobilização de dinheiro, recursos e conhecimento científico para o combate à doença.

A Febre

É uma doença viral aguda, caracterizada por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito, como identificado no mês de novembro de 2015, pela primeira vez na história. 

Recentemente, foi observada uma possível correlação entre a infecção ZIKAV e a ocorrência de síndrome de Guillain-Barré (SGB) em locais com circulação simultânea do vírus da dengue, porém não confirmada.

Transmissão 

O principal modo de transmissão descrito do vírus é pela picada do Aedes aegypti. Existem registros, na literatura científica, de transmissão sexual, transfusional, perinatal e até em laboratórios. De acordo com o médico Rivaldo Venâncio ( infectologista e diretor da Fiocruz Mato Grosso do Sul), ainda há necessidade de outros estudos e testes, para certificar que as partículas virais encontradas em saliva, no sêmen e em leite materno são viáveis para propagar a infecção e transmitir a doença.

Tratamento

Não existe tratamento específico. O tratamento dos casos sintomáticos recomendado é baseado no uso de paracetamol ou dipirona para o controle da febre e da dor. No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados. No entanto, é desaconselhável o uso ou indicação de ácido acetilsalicílico e outras drogas anti-inflamatórias em função do devido ao alto risco de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por síndrome hemorrágica como ocorre com outros flavivírus.

Não há vacina contra o Zika vírus.

A SVS/MS informa que mesmo após a identificação do Zika Vírus no país, há regiões com ocorrência de casos de dengue e chikungunya, que, por apresentarem quadro clínico semelhante, não permitem afirmar que os casos de síndrome exantemática identificados sejam relacionados exclusivamente a um único agente etiológico.

Assim, independentemente da confirmação das amostras para ZIKAV, é importante que os profissionais de saúde se mantenham atentos frente aos casos suspeitos de dengue nas unidades de saúde e adotem as recomendações para manejo clínico conforme o preconizado no protocolo vigente, na medida em que esse agravo apresenta elevado potencial de complicações e demanda medidas clínicas específicas, incluindo-se a classificação de risco, hidratação e monitoramento.

Prevenção

As medidas de prevenção e controle são semelhantes às da dengue e chikungunya. Não existem medidas de controle específicas direcionadas ao homem, uma vez que não se dispõe de nenhuma vacina ou drogas antivirais.

Prevenção domiciliar

Deve-se reduzir a densidade vetorial, por meio da eliminação da possibilidade de contato entre mosquitos e água armazenada em qualquer tipo de depósito, impedindo o acesso das fêmeas grávidas por intermédio do uso de telas/capas ou mantendo-se os reservatórios ou qualquer local que possa acumular água, totalmente cobertos. Em caso de alerta ou de elevado risco de transmissão, a proteção individual por meio do uso de repelentes deve ser implementada pelos habitantes.


Individualmente, pode-se utilizar roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia quando os mosquitos são mais ativos podem proporcionar alguma proteção contra as picadas dos mosquitos e podem ser adotadas principalmente durante surtos, além do uso repelentes na pele exposta ou nas roupas.

Prevenção na comunidade

Na comunidade deve-se basear nos métodos realizados para o controle da dengue, utilizando-se estratégias eficazes para reduzir a densidade de mosquitos vetores. Um programa de controle da dengue em pleno funcionamento irá reduzir a probabilidade de um ser humano virêmico servir como fonte de alimentação sanguínea, e de infecção para Ae. aegypti e Ae. albopictus, levando à transmissão secundária e a um possível estabelecimento do vírus nas Américas. Os programas de controle da dengue para o Ae. aegypti, tradicionalmente, têm sido voltados para o controle de mosquitos imaturos, muitas vezes por meio de participação da comunidade em manejo ambiental e redução de criadouros.

Procedimentos de controle de vetores

As orientações da OMS e do Ministério da Saúde do Brasil para a dengue fornecem informações sobre os principais métodos de controle de vetores e devem ser consultadas para estabelecer ou melhorar programas existentes. O programa deve ser gerenciado por profissionais experientes, como biólogos com conhecimento em controle vetorial, para garantir que ele use recomendações de pesticidas atuais e eficazes, incorpore novos e adequados métodos de controle de vetores segundo a situação epidemiológica e inclua testes de resistência dos mosquitos aos inseticidas.
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Fumacê

quarta-feira, 25 de maio de 2016

A Primeira Pilha Elétrica

Um dos itens mais presentes no nosso dia-a-dia são as pilhas elétricas, seja em máquinas fotográficas, rádios, controles ou brinquedos. Através das reações de óxido-redução, esses aparelhos se tornam capazes de modificar energia química em energia elétrica. Embora o homem conhecesse a eletricidade desde a Grécia antiga, seu aproveitamento e o conhecimento de sua natureza só começaram a surgir a partir do fim do século XVIII. Nessa época, a eletricidade era produzida por fricção (eletricidade estática), não se conhecia ainda a corrente elétrica, tal como chamamos hoje.

A partir de 1600 que começou o processo que levou à invenção das pilhas e baterias, quando o físico alemão Otto von Guericke idealizou a primeira máquina capaz de produzir eletricidade. Por volta de 1780, o médico e investigador italiano Luigi Galvani descobriu que a eletricidade podia ser guardada nos músculos, sendo os nervos capazes de transferir essa energia. A partir de então que os estudiosos iniciaram a investigação do uso da química na geração de energia elétrica.

Alessando Volta (1745-1827)
Até que o físico italiano Alessandro Volta, um dos estudiosos, percebeu que os melhores componentes químicos para a produção de eletricidade eram zinco e prata. Mais ou menos em 1800, ele elaborou um dispositivo feito em diversas camadas destes metais, separadas por um disco de material poroso embebido numa solução e sal. Volta é considerado o criador das pilhas elétricas, que desencadeou os diversos avanços no ramo da eletroquímica.

Na pilha de Volta, o disco de cobre funciona como cátodo (terminal +), a salmoura o é eletrólito e o disco de zinco serve de ânodo (terminal -). Quando ligado os fios de cobre ao topo e à base da pilha de células, completa-se um circuito eléctrico que causa uma reação química que libera elétrons do ânodo, que são absorvidos pelo cátodo. Este produz um fluxo de 1,1 V de eletricidade a partir de cada célula da pilha.
A pilha voltaica foi a primeira bateria a produzir uma fonte constante de eletricidade, que permitiu e inspirou muitas novas descobertas e invenções elétricas.

Pilha Voltaica de Alessando Volta

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Metais Tóxicos x Descarte Inadequado de Pilhas


Pilhas são bastante utilizadas no dia-a-dia de toda a humanidade, por serem uma fonte de energia rápida, barata e direta, que não gera esforços na obtenção. Controle remoto para televisões, rádios e vídeo games são movidos à pilhas, e quando toda a energia é consumida ela se torna inútil, vira lixo. E lixo vai para a lixeira, e consequentemente para a coleta e então para aterros ou lixões, sem maiores preocupações.

 O que a maioria da população não sabe é que este é um péssimo hábito, que chega a ser mortal não apenas para animais, mas para o próprio ser humano. Pouco se sabe acerca da produção das pilhas, do que são feitas. Elas são utilizadas em brinquedos para crianças, que acabam muitas vezes a manuseá-las inocentemente. Curiosas, tentam entendê-la, e não demora para que um pequeno engula ou abra uma pilha, deparando-se com um estranho líquido. Este é o perigo. As pilhas contém diversos metais pesados e tóxicos, que causam câncer, doenças renais e até mesmo paralisia. Pode causar a morte de quem é exposto a estes metais.

 O adjetivo "pesado" é literal, resultado de esses materiais serem mais densos. Seus átomos ficam mais próximos uns dos outros. Em contato com o organismo, esses metais acabam atraindo para si dois elementos essenciais do corpo: proteínas e enzimas. Eventualmente eles se unem a algumas delas, impedindo que funcionem, logo podendo levar até a morte. Os metais pesados também se ligam às paredes celulares, dificultando o transporte de nutrientes. Em casos de intoxicação clínica, os metais tóxicos que mais são encontrados no organismo do infectado são: Níquel (Ni), Chumbo (Pb), Alumínio (Al) e Mercúrio (Hg).
  •  O Níquel (Ni) é um metal de transição, visualmente é branco prateado, dotado de qualidades significativas à utilização industrial, como por exemplo, a ductibilidade, ou então a maleabilidade, sendo um material de grande resistência mecânica à corrosão e à oxidação, possuindo também um sistema de oxidação isométrico, ou seja, uma forma disposta que apresenta distância igual entre seus mais diversos pontos. No organismo, ele causa doenças respiratórias e alergias, após à exposição a vapores do metal.
  •  O Chumbo (Pb) faz parte do Grupo do Carbono, e encontra muitas aplicações na indústria de construção e, principalmente, na indústria química, graças a sua excelente resistência à corrosão, além de ser resistente ao ataque de muitos ácidos, porque forma seu próprio revestimento protetor de óxido. No organismo, ele causa dores abdominais, distúrbios na visão e paralisia nas mãos, contaminando através da água e também transmissões atmosféricas.
  •  O Alumínio (Al) faz parte do Grupo do Boro. Quando puro é mole e dúctil, ou seja, é um elemento leve e um condutor de eletricidade e calor, bastante utilizado pelo homem na produção de equipamentos eletrônicos. A presença de altos níveis de alumínio no organismo demonstra causar efeitos neurotóxicos, afetar os ossos e, possivelmente, desregular o sistema reprodutor.
  • O Mercúrio (Hg) é um metal de transição. É um líquido prateado que na temperatura normal é metal e inodoro, não é um bom condutor de calor comparado com outros metais, entretanto é um bom condutor de eletricidade. No organismo, ele causa perda da visão, debilita funções cerebrais, levando até mesmo ao estado de coma.
Todos estes elementos químicos estão presentes no famoso líquido da pilha, que no lixão ou aterro, entra em contato com o solo. A grande quantidade de pilhas faz com que penetre até atingir os lençóis freáticos, que entram também em contato com rios, sendo esta água utilizada na agricultura e nutrição de animais, logo chegando ao ser humano através da cadeia alimentar. Os elementos permanecem no ambiente por décadas, contaminando gerações.

E todos estes problemas são causados por um simples descarte inadequado de pilhas. Com a conscientização de toda a população humana, sobre o descarte correto e reciclagem, o meio ambiente pode se ver livre desses níveis excessivos de metais pesados e seus danos, conciliando tecnologia, química e biologia de forma equilibrada.

Fórmulas da Física: Resumo

Nós do blog Fisicando encontramos estas duas imagens, que contém um dos resumos mais completos de todas as fórmulas da física que já vimos por toda internet, para auxiliar nos estudos, seja para provas escolares, vestibular ou Enem, de foma bem compacta e precisa.


quarta-feira, 18 de maio de 2016

Máquinas Térmicas

A humanidade, desde o início sempre pensou em criar meios e ferramentas para facilitar seu dia-a-dia de sobrevivência no mundo. Para a produção e realização de trabalhos braçais, não seria diferente. Muitos tipos de equipamentos foram criados pensando na possibilidade de fazer um trabalho a partir do calor, usando energia térmica para realizar tal feito. De acordo com esse conceito, pode-se dizer que máquina térmica é um mecanismo que faz proveito do calor para realizar trabalho mecânico ou converter trabalho em calor.

São máquinas capazes de realizar sua função a partir da variação da temperatura entre uma fonte quente e uma fonte fria. Maior parte dessa apanha calor de uma fonte quente. Parte dele realiza trabalho, e o restante vai para uma fonte fria, definindo a eficiência da máquina. A máquina térmica tem eficiência superior quando transforma mais calor em trabalho, logo, rejeita menos calor para a fonte fria.

Utilizam-se do vapor da água para funcionar, por isso é possível dizer que a máquina a vapor é o tipo mais simples de máquina térmica.

De acordo com a história, sabe-se que a primeira máquina térmica que utilizava esse princípio foi a Eolípila, construída por Heron de Alexandria (10d.C. - 70d.C.), descrita em sua obra intitulada Pneumática. Era uma máquina bastante simples, o vapor de água fazia com que um recipiente se movimentasse, porém não havia utilidade alguma para a época de sua criação. Muito sobre este período de Heron foi perdido por consequência da destruição da Biblioteca de Alexandria.

Representação da Eolípila - A primeira máquina térmica
O dispositivo criado por Heron não foi utilizado para produzir grandes quantidades de energia mecânica. Apenas mais tarde, no século XVIII, é que foram construídas as primeiras máquinas capazes de realizar trabalhos em maior escala (trabalhos industriais).

Ainda que em grande escala, as máquinas do século XVIII tinham baixíssimos rendimentos, pois consumiam muito combustível para produzir pequenos trabalhos. Por volta de 1770, o inventor James Watt criou uma máquina em um novo modelo que substituiu todas as que existiam por ter maior eficiência e grandes vantagens.

As primeiras máquinas do século XVIII tinham rendimentos muito baixos, ou seja, consumiam grandes quantidades de combustível e realizavam pequenos trabalhos. Foi por volta de 1770 que o inventor escocês James Watt apresentou um modelo de máquina que substituiu as máquinas que até então existiam, pois era mais eficiente e apresentava enormes vantagens comparada com os desenhos anteriores de Denis Papin (1687), Thomas Savery (1698) e Thomas Newcomen (1712). Ela tinha um condensador separado do cilindro e regulador de distribuição de vapor, sendo assim uma máquina de efeito duplo.
Máquina a vapor de James Watt
A máquina de Watt foi usada nos moinhos e no acionamento de bombas d’água inicialmente, mas posteriormente passou a ser empregada nas locomotivas e nos barcos a vapor. Ela também passou a ser muito usada em fábricas como uma maneira de acionar dispositivos industriais. Foi um dos principais fatores que iniciaram a Revolução Industrial.

Locomotiva a vapor de Richard Trevithick
Em 1904 que as máquinas a vapor começaram a ser usadas para a locomoção. A locomotiva a vapor, construída por Richard Trevithick, era capaz de transportar 450 pessoas a uma velocidade de 24 km/h, uma dádiva para a época em questão. 

O primeiro automóvel, de Karl Benz
Depois da locomotiva, vieram os carros, o primeiro foi produzido em 1885, pelo Engenheiro Alemão Karl Benz, e possuía motor a gasolina. O carro era formado por três pneus do tamanho de pneus de bicicleta, um motor na traseira, uma tábua de madeira que era um chassi - cuja madeira era muito forte, para sustentar o peso de uma pessoa -, um banco e um volante, que era uma manivela. O carro só chegava a 8 quilômetros por hora.

Hoje em dia é realmente impossível imaginar nossas vidas sem esses dispositivos tão úteis para a qualidade de vida, fundamentais no século em que vivemos, como a geladeira, por exemplo. Você consegue imaginar como seria viver sem uma? As máquinas térmicas foram fundamentais para o desenvolvimento tecnológico da humanidade, primeiramente através da Revolução Industrial, que alavancou os meios de transporte e a produção de energia. que, a cada dia, vêm sendo cada vez mais aprimorados a partir da primeira criação, provando assim a capacidade do ser humano em ser criativo e inovador.

Perigo das Pilhas


segunda-feira, 9 de maio de 2016

Física: Natureza e Tecnologia

A física, como o próprio nome grego já indica (physis = natureza), é uma das muitas ciências que estudam tudo o que ocorre na natureza, sendo esta última denominada de fenômeno natural. Mas a palavra fenômeno remete imediatamente em nossa memória a acontecimentos extraordinários, porém neste contexto, a ação da natureza não precisa ser necessariamente incomum para se enquadrar como um fenômeno natural. Desde roupas secando em um varal, até uma onda no mar, ou a queda de uma maçã da árvore são fenômenos naturais.

Exemplos de áreas estudadas pela física são:

  • Mecânica: Estuda o movimento e repouso dos corpos, como por exemplo, o movimento dos planetas, astros e corpos celestes no espaço.
  • Termologia: Estuda o calor e as temperaturas, como por exemplo os estados sólido, líquido e gasoso da água e suas transições.
  • Óptica: É a parte da física que, entre outras aplicações, explica a formação do arco-íris e ainda fornece conhecimento necessário para o desenvolvimento e criação de aparelhos como o microscópio óptico.
  • Ondulatória: É o estudo de qualquer perturbação (pulso) no ambiente, explicando a formação das ondas do mar, propagação das ondas sonoras e até mesmo a coloração de bolhas de água e sabão.

  • Eletricidade: Estuda a causa das descargas elétricas na atmosfera, o conjunto de fenômenos naturais que envolvem a existência de cargas elétricas estacionárias ou em movimento. Já a Eletricidade e Magnetismo trata de gravações de informações em cartões magnéticos, fitas de áudio e vídeo,etc.
  • Física Moderna: É um processo estudado por ela a fusão nuclear, presente tanto na liberação de energia pelo Sol como na explosão de uma bomba de hidrogênio.
Como podemos notar de acordo com as informações acima, a física é de extrema e fundamental importância para todas as ações que realizamos diariamente, seja cozinhar ou dirigir um carro, é graças à física que podemos realizar.
Então antes de dizer que odeia ou não gosta física, pense bem em como e onde você estaria se ela não existisse.


sexta-feira, 6 de maio de 2016

O Que é Física?


Física é um termo com origem no Grego “physis” que significa “natureza”. É a ciência que estuda as leis que regem os fenômenos naturais suscetíveis de serem examinados pela observação experimentação, procurando enquadrá-los em esquemas lógicos. 

Alguns dos físicos mais conhecidos da História são Galileu Galiei, Isaac Newton e Albert Einstein.

Física é uma ciência fundamental que se desenvolve com base em teorias e experimentos. Fazem parte das principais teorias da física: a mecânica clássica (descrição do movimento de objetos ), a mecânica quântica (determinação de medidas de grandezas), a relatividade (relações do espaço-tempo e a gravidade) e o eletromagnetismo (estudo da eletricidade e magnetismo). 

A Física Clássica abrange todas as teorias e conhecimentos desenvolvidos até fins do século XIX, abrangendo os princípios da mecânica clássica, ondulatória, termodinâmica e eletromagnetismo. 

A Física Moderna engloba as teorias e conceitos a partir do século XX, destacando-se a mecânica quântica, relatividade e física experimental (investigação dos fenômenos físicos utilizando processos experimentais). As áreas em que se divide a Física são: Acústica (estudo do som); Eletricidade (estuda a eletricidade); Mecânica (estudo do movimento); Nuclear (estuda os núcleos e a matéria nuclear); Óptica (estudo da luz).