terça-feira, 31 de maio de 2016

31 de Maio: Dia Mundial Sem Tabaco


Tabaco é um produto agrícola processado das folhas de plantas do gênero Nicotiana. É consumido como uma droga recreativa sob a forma de cigarro, charuto, cachimbo, rapé, narguilé, charro ou fumo mascado. 

Acerca do cigarro, sabe-se que:
  • A fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 4.700 substâncias tóxicas diferentes; constituída de duas fases: a fase particulada e a fase gasosa. A fase gasosa é composta, entre outros, por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína. A fase particulada contém nicotina e alcatrão.
  • O alcatrão é um composto de mais de 40 substâncias comprovadamente cancerígenas, formado à partir da combustão dos derivados do tabaco. Entre elas, o arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, resíduos de agrotóxicos, substâncias radioativas, como o Polônio 210, acetona, naftalina e até fósforo P4/P6, substâncias usadas para veneno de rato.
  • O monóxido de carbono (CO) se junta à hemoglobina (Hb) presente nos glóbulos vermelhos do sangue, que transportam oxigênio para todos os órgãos do corpo, dificultando a oxigenação do sangue, privando alguns órgãos do oxigênio e causando doenças como a aterosclerose.
  • A nicotina é considerada pela Organização Mundial da Saúde/OMS uma droga psicoativa que causa dependência. A nicotina age no sistema nervoso central como a cocaína, com uma diferença: chega em torno de 9 segundos ao cérebro. Por isso, o tabagismo é classificado como doença estando inserido no Código Internacional de Doenças (CID-10) no grupo de transtornos mentais e de comportamento devido ao uso de substância psicoativa.
Devemos lembrar que, embora o Estado permita sua fabricação e comercialização por conta dos impostos arrecadados, a nicotina, presente no cigarro, é uma droga extremamente viciante, e causa dependência física e psicológica. No Brasil, o tabagismo é responsável por mais de 120.000 mortes ao ano.

Até a década de 90, notava-se uma intensa propaganda sobre cigarros nos meios de comunicação, com extrema romantização da droga, que era sinal de status e poder, tanto aquisitivo como persuasivo. Uma completa enganação, motivada por lucros enormes em detrimento da saúde de milhões de pessoas pelo mundo afora.

Assim que é tragada a fumaça causa diversas alterações no organismo: aumento da pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos e constrição dos vasos sangüíneos. Isto faz o coração ter de bater com mais força e, com o passar do tempo, o fumante tem boas chances de desenvolver problemas cardiovasculares. 

Não é exagero dizer que o cigarro, charutos, cachimbos, etc, são venenos para o organismo, sem contar que seus restos são despejados de maneira inadequada, criando assim altos riscos de incêndios e queimadas.

Quanto mais tempo a pessoa fuma, mais difícil é largar o vício e maiores são as chances de desenvolver algum tipo de doença relacionada ao tabaco. Para abandonar o vício são necessárias algumas atitudes como: grande motivação individual, estabelecer uma data específica, solicitar a ajuda de um profissional a fim de obter remédios para passar pela síndrome de abstinência da melhor forma possível.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Zika Vírus x Microcefalia: O Que Você Precisa Saber

Microcefalia é nome que se dá quando a cabeça de uma pessoa apresenta tamanho menor do que o esperado para a idade. Pode resultar de problemas ocorridos no nascimento ou no transcorrer dos dois primeiros anos de vida (problemas que impeçam o crescimento normal do sistema nervoso central), ou ainda resultar de processos intra-uterinos e ser congênita (que é quando o bebê já nasce com a cabeça pequena).

Vive-se atualmente uma situação na região Nordeste do Brasil (predominantemente em Pernambuco) em que muitos bebês estão nascendo microcefálicos, situação que vem gerando muitas dúvidas e medo na população brasileira.

Existem várias causas para a microcefalia congênita, as quais estão sendo investigadas pelos órgãos competentes em âmbito nacional a fim de esclarecer esse momento atual. Essas causas podem ser biológicas, genéticas, ambientais, químicas ou físicas, podendo estar relacionadas a doenças ou problemas ocorridos na gestação, portanto é muito importante a realização das consultas pré-natais. Alguns exemplos: transtornos genéticos, uso de substâncias tóxicas como cigarro, álcool, drogas ilícitas, cosméticos inadequados para gestantes, exposição a radiação, medicamentos sem ciência do médico, infecções e motivos desconhecidos.

A suspeita era de que os casos que estão ocorrendo de modo epidêmico no nosso país sejam consequência de infecções nas gestantes, estando em investigação rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus, parvo vírus, herpes vírus e, devido ao relato de manchas vermelhas no corpo de algumas mães de bebês afetados, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti como Dengue, Chikungunya e Zika. Não existem dados robustos na literatura médica que relacionem Zika com microcefalia, mas, devido ao grande número de casos dessa infecção nessa região do país, tornou-se um importante suspeito. 

Em 25 de novembro de 2015, O governo da Polinésia (território ultramarino da França) anunciou que estava investigando uma possível relação entre o Zika vírus e casos de má-formação em bebês. A população local sofreu com uma epidemia de Zika entre 2013 e 2014.

Após diversas pesquisas, o Ministério da Saúde confirmou no dia 28 de novembro de 2015 a relação entre o vírus Zika e o surto de microcefalia. 

O Instituto Evandro Chagas, órgão do ministério em Belém (PA), encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê, nascida no Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos, foi identificada a presença do vírus zika. Foi uma situação inédita na pesquisa científica mundial. 

As investigações sobre o tema continuam, para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.

Assim, está sendo fortemente recomendado que as gestantes se protejam de mosquitos, especialmente durante os primeiros 4 meses – período de formação dos órgãos do futuro bebê. Isso deve ocorrer em todo o país, tendo em vista que casos de Zika estão começando a aparecer nacionalmente, devido ao vetor (mosquito) e deslocamento de pessoas (viajantes). 

Por causa do zika, a Colômbia pediu que casais adiassem planos de ter um filho. "Considerando a atual fase em que se encontra a epidemia do zika vírus e o risco que ela traz, recomenda-se que os casais que vivem em território nacional evitem gestações durante essa fase, que pode se estender até o mês de julho de 2016."

O atendimento das crianças que nasceram com microcefalia vem sendo realizado nos serviços de atenção básica do Sistema Único de Saúde em nível local. Crianças com essa condição devem ser investigadas e monitorizadas pelo pediatra quanto ao crescimento e desenvolvimento, com seguimento multiprofissional e multi-especialidades se houver detecção de atrasos, com a finalidade de minimizar qualquer potencial dano decorrente do crescimento insuficiente do cérebro.

Mosquitos Transgênicos

Aedes transgênicos
É um experimento com mosquitos geneticamente modificados, com as cores azul, laranja, rosa e amarelo, são conhecidos como 'Aedes do Bem'. São Aedes Aegypti transgênicos. O experimento é feito na cidade de Piracicaba (SP) desde abril de 2015, surpreendendo os moradores que não foram avisados sobre a realização. Tem o objetivo de tornar os mosquitos, utilizados para combater a disseminação do Zika, e também da Dengue e Chikungunya, resistentes.

É o OX513A, que foi criado em 2002 pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, financiado pela Oxitec. Ele é idêntico ao Aedes Aegypti - exceto por dois genes modificados, colocados pelo homem. Um deles faz as larvas do mosquito brilharem sob uma luz especial (para que elas possam ser identificadas por cientistas), o outro é uma espécie de bomba-relógio, que mata os filhotes do mosquito. A ideia é que ele seja solto na natureza, se reproduza com as fêmeas de Aedes e tenha filhotes defeituosos - que morrem muito rápido, antes de chegar à idade adulta – no máximo 4% das larvas chegam à vida adulta, e por isso não conseguem se reproduzir. Com o tempo, esse processo vai reduzindo a população da espécie, até extingui-la.

O experimento é bastante polêmico e de eficácia questionável tanto quanto os possíveis efeitos colaterais, e a incerteza sobre a reação do mosquito modificado no meio ambiente. Cientistas temem que abra caminho para o mosquito Aedes albopictus, mais eficiente na transmissão de doenças como a chikungunya, malária e febre amarela.

"O albopictus já foi o principal fator de transmissão da dengue. E pode voltar. E a natureza ensina que não há vazio. Se um mosquito sai, entra outro", diz o ex-conselheiro da CTNBio Leonardo Melgarejo, professor do mestrado profissional em agroecossistemas da Universidade Federal de Santa Catarina.

"E, o que aconteceria? A empresa criaria um transgênico de outro mosquito para as prefeituras comprarem novamente, num ciclo sem fim?", questiona ele, que também se manifestou contra a liberação do inseto transgênico para comercialização durante seu mandato de conselheiro na CTNBio.

A Oxitec afirma não ter identificado entrada do albopictus no lugar do aegypti. "Isso foi estudado recentemente no Panamá e não houve evidências de substituição. Resultados obtidos em um estudo em andamento em Piracicaba, onde o Aedes albopictus está presente, mostram evidências insuficientes de que o Aedes aegypti será substituído", disse Hadyn Parry, chefe-executivo da Oxitec.

"A população não pode ser cobaia", critica o biólogo José Maria Ferraz, conselheiro da CTNBio à época em que o órgão inicialmente examinou o OX513A. "Não somos contra modificações genéticas. Somos contra a forma apressada como a liberação foi feita", diz ele, que também assinou a petição enviada ao Ministério Público em Piracicaba.

Dezoito conselheiros votaram na sessão de 10 de abril de 2014 da CTNBio que liberou o mosquito transgênico – 16 a favor, um contra e uma abstenção.

Pesquisador convidado do Laboratório de Engenharia Ecológica da Unicamp, Ferraz diz que a liberação do uso comercial do OX513A pelo órgão foi "obscura" e, segundo ele, levou a metade dos 5 anos pelos quais normalmente pedidos como este tramitam.

Para medir a eficácia do projeto em reduzir a população do mosquito, a proliferação do Aedes foi comparada em dois pontos diferentes da cidade de Piracicaba, a 1,5 km de distância, onde havia infestação. Comparou-se a quantidade de larvas selvagens em dezembro 2015 na área tratada e o número foi dividido pela área controle. Depois, a quantidade de larvas selvagens em abril 2015 na área tratada foi dividida pela quantidade na área controle. A diferença entre essas duas medidas é que apontou redução de 82%.

“Os mapas dos níveis de infestação mostram que as liberações contínuas do 'Aedes aegypti do Bem' estão prevenindo a explosão populacional do mosquito selvagem que, em geral, acompanha a estação chuvosa”, afirmou Glen Slade, diretor da Oxitec no Brasil, em comunicado.

Em outros testes que realizou antes de Piracicaba, a empresa também relata ter tido bons resultados. Em Juazeiro (BA), um teste feito em um bairro na periferia da cidade, e teve uma redução de 80% na população de larvas de Aedes aegypti. Foi medida também a população de mosquitos alados adultos, e a redução foi ainda maior: 95%.

Os resultados foram descritos num estudo que passou por revisão independente e foi publicado na revista “PLoS Neglected Tropical Diseases” em julho de 2015.

Em 2010, um teste nas ilhas Cayman, no Caribe, também obteve sucesso, com redução de 82% na população do mosquito. Um teste em Jacobina (BA) relatou redução de 79%.

E você, qual sua opinião sobre a polêmica dos mosquitos geneticamente modificados?

Zika Vírus

O Zika é um vírus transmitido principalmente por mosquitos, tais como Aedes aegypti, e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. A maior concentração de casos de vírus zika congênita está no Nordeste, de acordo com alertas epidemiológicos da Organização Mundial da Saúde e da Organização Pan-Americana de Saúde. No entanto, há conhecimento de casos em todas as regiões do Brasil.
Imagem é representação da superfície do vírus da zika; equipe de cientistas conseguiu determinar a estrutura do vírus pela primeira vez  (Foto: Universidade Purdue/Cortesia)
Representação da imagem do vírus Zika (2016)
Como identificar o mosquito Aedes
O vírus Zika foi isolado pela primeira vez em primatas não humanos em Uganda, na floresta Zika em 1947, por esse motivo esta denominação. Entre 1951 a 2013, evidências sorológicas em humanos foram notificadas em países da África (Uganda, Tanzânia, Egito, República da África Central, Serra Leoa e Gabão), Ásia (Índia, Malásia, Filipinas, Tailândia, Vietnã e Indonésia) e Oceania (Micronésia e Polinésia Francesa). Nas Américas, o Zika Vírus somente foi identificado na Ilha de Páscoa, território do Chile no oceano Pacífico, 3.500 km do continente no início de 2014. O Zika Vírus é considerado endêmico no Leste e Oeste do continente Africano. Evidências sorológicas em humanos sugerem que a partir do ano de 1966 o vírus tenha se disseminado para o continente asiático. 

Atualmente há registro de circulação esporádica na África (Nigéria, Tanzânia, Egito, África Central, Serra Leoa, Gabão, Senegal, Costa do Marfim, Camarões, Etiópia, Quénia, Somália e Burkina Faso) e Ásia (Malásia, Índia, Paquistão, Filipinas, Tailândia, Vietnã, Camboja, Índia, Indonésia) e Oceania (Micronésia, Polinésia Francesa, Nova Caledônia/França e Ilhas Cook). Casos importados de Zika virus foram descritos no Canadá, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e Austrália (12).

Em 1 de fevereiro de 2016, após discutir aspectos relacionados ao risco da proliferação da microcefalia ligada ao zika vírus nas Américas, a OMS decretou situação de "emergência de saúde pública de interesse internacional" para os casos de má-formação e de disfunções neurológicas. Com isso, a organização espera facilitar a mobilização de dinheiro, recursos e conhecimento científico para o combate à doença.

A Febre

É uma doença viral aguda, caracterizada por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito, como identificado no mês de novembro de 2015, pela primeira vez na história. 

Recentemente, foi observada uma possível correlação entre a infecção ZIKAV e a ocorrência de síndrome de Guillain-Barré (SGB) em locais com circulação simultânea do vírus da dengue, porém não confirmada.

Transmissão 

O principal modo de transmissão descrito do vírus é pela picada do Aedes aegypti. Existem registros, na literatura científica, de transmissão sexual, transfusional, perinatal e até em laboratórios. De acordo com o médico Rivaldo Venâncio ( infectologista e diretor da Fiocruz Mato Grosso do Sul), ainda há necessidade de outros estudos e testes, para certificar que as partículas virais encontradas em saliva, no sêmen e em leite materno são viáveis para propagar a infecção e transmitir a doença.

Tratamento

Não existe tratamento específico. O tratamento dos casos sintomáticos recomendado é baseado no uso de paracetamol ou dipirona para o controle da febre e da dor. No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados. No entanto, é desaconselhável o uso ou indicação de ácido acetilsalicílico e outras drogas anti-inflamatórias em função do devido ao alto risco de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por síndrome hemorrágica como ocorre com outros flavivírus.

Não há vacina contra o Zika vírus.

A SVS/MS informa que mesmo após a identificação do Zika Vírus no país, há regiões com ocorrência de casos de dengue e chikungunya, que, por apresentarem quadro clínico semelhante, não permitem afirmar que os casos de síndrome exantemática identificados sejam relacionados exclusivamente a um único agente etiológico.

Assim, independentemente da confirmação das amostras para ZIKAV, é importante que os profissionais de saúde se mantenham atentos frente aos casos suspeitos de dengue nas unidades de saúde e adotem as recomendações para manejo clínico conforme o preconizado no protocolo vigente, na medida em que esse agravo apresenta elevado potencial de complicações e demanda medidas clínicas específicas, incluindo-se a classificação de risco, hidratação e monitoramento.

Prevenção

As medidas de prevenção e controle são semelhantes às da dengue e chikungunya. Não existem medidas de controle específicas direcionadas ao homem, uma vez que não se dispõe de nenhuma vacina ou drogas antivirais.

Prevenção domiciliar

Deve-se reduzir a densidade vetorial, por meio da eliminação da possibilidade de contato entre mosquitos e água armazenada em qualquer tipo de depósito, impedindo o acesso das fêmeas grávidas por intermédio do uso de telas/capas ou mantendo-se os reservatórios ou qualquer local que possa acumular água, totalmente cobertos. Em caso de alerta ou de elevado risco de transmissão, a proteção individual por meio do uso de repelentes deve ser implementada pelos habitantes.


Individualmente, pode-se utilizar roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia quando os mosquitos são mais ativos podem proporcionar alguma proteção contra as picadas dos mosquitos e podem ser adotadas principalmente durante surtos, além do uso repelentes na pele exposta ou nas roupas.

Prevenção na comunidade

Na comunidade deve-se basear nos métodos realizados para o controle da dengue, utilizando-se estratégias eficazes para reduzir a densidade de mosquitos vetores. Um programa de controle da dengue em pleno funcionamento irá reduzir a probabilidade de um ser humano virêmico servir como fonte de alimentação sanguínea, e de infecção para Ae. aegypti e Ae. albopictus, levando à transmissão secundária e a um possível estabelecimento do vírus nas Américas. Os programas de controle da dengue para o Ae. aegypti, tradicionalmente, têm sido voltados para o controle de mosquitos imaturos, muitas vezes por meio de participação da comunidade em manejo ambiental e redução de criadouros.

Procedimentos de controle de vetores

As orientações da OMS e do Ministério da Saúde do Brasil para a dengue fornecem informações sobre os principais métodos de controle de vetores e devem ser consultadas para estabelecer ou melhorar programas existentes. O programa deve ser gerenciado por profissionais experientes, como biólogos com conhecimento em controle vetorial, para garantir que ele use recomendações de pesticidas atuais e eficazes, incorpore novos e adequados métodos de controle de vetores segundo a situação epidemiológica e inclua testes de resistência dos mosquitos aos inseticidas.
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Fumacê

quarta-feira, 25 de maio de 2016

A Primeira Pilha Elétrica

Um dos itens mais presentes no nosso dia-a-dia são as pilhas elétricas, seja em máquinas fotográficas, rádios, controles ou brinquedos. Através das reações de óxido-redução, esses aparelhos se tornam capazes de modificar energia química em energia elétrica. Embora o homem conhecesse a eletricidade desde a Grécia antiga, seu aproveitamento e o conhecimento de sua natureza só começaram a surgir a partir do fim do século XVIII. Nessa época, a eletricidade era produzida por fricção (eletricidade estática), não se conhecia ainda a corrente elétrica, tal como chamamos hoje.

A partir de 1600 que começou o processo que levou à invenção das pilhas e baterias, quando o físico alemão Otto von Guericke idealizou a primeira máquina capaz de produzir eletricidade. Por volta de 1780, o médico e investigador italiano Luigi Galvani descobriu que a eletricidade podia ser guardada nos músculos, sendo os nervos capazes de transferir essa energia. A partir de então que os estudiosos iniciaram a investigação do uso da química na geração de energia elétrica.

Alessando Volta (1745-1827)
Até que o físico italiano Alessandro Volta, um dos estudiosos, percebeu que os melhores componentes químicos para a produção de eletricidade eram zinco e prata. Mais ou menos em 1800, ele elaborou um dispositivo feito em diversas camadas destes metais, separadas por um disco de material poroso embebido numa solução e sal. Volta é considerado o criador das pilhas elétricas, que desencadeou os diversos avanços no ramo da eletroquímica.

Na pilha de Volta, o disco de cobre funciona como cátodo (terminal +), a salmoura o é eletrólito e o disco de zinco serve de ânodo (terminal -). Quando ligado os fios de cobre ao topo e à base da pilha de células, completa-se um circuito eléctrico que causa uma reação química que libera elétrons do ânodo, que são absorvidos pelo cátodo. Este produz um fluxo de 1,1 V de eletricidade a partir de cada célula da pilha.
A pilha voltaica foi a primeira bateria a produzir uma fonte constante de eletricidade, que permitiu e inspirou muitas novas descobertas e invenções elétricas.

Pilha Voltaica de Alessando Volta