Nesta postagem, separamos os cinco maiores físicos de todos os tempos e suas bibliografias em ordem cronológica.
Sir Isaac Newton
Ele nasceu em Woolsthorpe, Lincolnshire, Inglaterra, e estudou no Trinity College, em Cambridge. Isaac Newton é considerado um dos maiores gênios da história da humanidade. Com certeza, Newton foi o maior cientista europeu desde a época de Arquimedes até a de Albert Einstein . Antes de completar 24 anos de idade, ele já havia criado o teorema dos binômios e o cálculo funcional, descoberto o espectro da luz e escrito sua Teoria da Gravitação. Há quem afirme que ele teria elaborado esta teoria em 1665 ao observar a queda de uma maçã.
Newton também inventou o telescópio refletor, que era diferente do simples, tipo refrator, inventado por Hans Lippershey (1570-1619) em 1608. No telescópio refletor, a luz não era simplesmente ampliada, mas refletida diretamente para o olho da pessoa por meio de um espelho grande e côncavo e de um espelho pequeno e plano, sem passar por lentes de vidro.
Em 1667, com apenas 25 anos de idade, Newton foi eleito membro do Trinity College. Enquanto esteve em Cambridge, desenvolveu as famosas Três Leis do Movimento, uma façanha espetacular para uma pessoa ainda tão jovem.
Em 1687, Newton publicou seus Princípios Matemáticos da Filosofia Natural. Neste trabalho, universalmente conhecido como Principia (por ter sido escrito e publicado originalmente em latim), ele demonstrou a estrutura do Universo, o movimento dos planetas e calculou a massa do Sol, dos planetas e de algumas luas. Se Colombo e Magalhães haviam provado que a Terra era esférica, Newton demonstrou que a Terra não é uma esfera perfeita, mas uma esferóide oblonga – ligeiramente achatada nos pólos pela força centrífuga de sua própria rotação. Seu trabalho teórico com luz e telescópios foi combinado num único compêndio, intitulado Óptica, publicado em 1704.
Newton pertenceu ao Parlamento inglês de 1701 a 1705, foi feito cavalheiro pela rainha Ana (1665-1714) em 1705 e ocupou o cargo de presidente da Sociedade Real de 1703 até 1727, quando morreu em Kensington.
Assim como Marco Pólo e Cristóvão Colombo expandiram a visão que nossos ancestrais tinham dos parâmetros geográficos do mundo, Newton, melhor do que ninguém, ajudou as pessoas a entender as forças físicas que governam toda a matéria, desde as estrelas no céu até as maçãs que caem de uma árvore num quintal qualquer da Terra.
Benjamin Franklin
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Franklin na nota de 100 dólares, dos EUA. |
Benjamin Franklin nasceu em 17 de janeiro de 1706 na cidade de Boston. Foi cientista, diplomata, escritor, jornalista, filósofo e servidor público norte-americano, que investigou e interpretou o fenômeno elétrico da carga positiva e negativa, estudo que levou mais tarde à invenção do pára-raios.
De origem humilde, aprendeu a ler sozinho, mas aos dez anos foi obrigado a deixar os estudos para trabalhar com o pai. Empregou-se depois na oficina gráfica do irmão e, aos 17 anos, mudou-se para Filadélfia, onde trabalhou como impressor, dedicando as horas de folga ao estudo das letras e das ciências. Em 1729 tornou-se proprietário de uma oficina gráfica e iniciou logo depois a publicação do jornal The Pennsylvania Gazette, que seria mais tarde o Saturday Evening Post.
Aos 47 anos acumulara tamanha fortuna que se retirou dos negócios. Criou em Filadélfia o corpo de bombeiros, fundou a primeira biblioteca circulante dos Estados Unidos e uma academia que mais tarde se transformou na Universidade da Pensilvânia. Organizou um clube de leituras e debates, que deu origem à Sociedade Americana de Filosofia, e ajudou a fundar o hospital do estado.
Nunca deixou de estudar. Aprendeu idiomas, tocava vários instrumentos e dedicava-se também às ciências. Suas obras sobre eletricidade, das quais a mais importante é Experiências e observações sobre eletricidade (1751), foi publicada nas colônias e na Europa. Inventou o pára-raios e criou termos técnicos que ainda hoje são usados, como bateria e condensador. Participou da assembléia da Pensilvânia e, no congresso de Albany (1754), apresentou um plano de união das colônias inglesas.
Em março de 1775, convencido de que a guerra pela independência era iminente, retornou a Filadélfia. Designado delegado ao II Congresso Continental, fez parte, com Thomas Jefferson e Samuel Adams, do comitê que redigiu a declaração de independência (1776). Tentou inutilmente convencer os canadenses a entrarem na guerra como aliados das 13 colônias. Ainda em 1776, partiu para a França, em busca de ajuda, e foi recebido como personalidade eminente nos círculos parisienses. Assinou o tratado de aliança entre os dois países e em 1783 assinou o tratado de paz com a Grã-Bretanha.
De volta a Filadélfia em 1785, foi recebido com entusiasmo pelos concidadãos e eleito presidente da Pensilvânia. Foi um dos delegados da convenção que elaborou a constituição americana e tentou em vão abolir a escravatura.
As atividades intelectuais de Franklin abrangeram os mais variados ramos do conhecimento humano, das ciências naturais, educação e política às ciências humanas e artes. Escreveu numerosos ensaios, artigos e panfletos. Sua obra mais importante é a Autobiography, publicada postumamente (1791). Chamado pelos contemporâneos de "apóstolo dos tempos modernos", Franklin viveu os cinco últimos anos de vida retirada da vida pública, cercado de amigos. Morreu em 17 de abril de 1790 em Filadélfia.
Antoine de Lavonsier
Lavoisier nasceu em Paris, a 26 de Agosto de 1743 e faleceu guilhotinado aos 51 anos de idade no dia 31 de março de 1727, por pertencer a uma família nobre, levando a população a pensar que participava do corrupto sistema cheio de impostos sobre a sociedade. Ficou conhecido como o responsável pela descoberta de salitre e do diamante como forma cristalina do carbono.
Formou-se em Direito, mas nunca exerceu a profissão. Fisgado pela Química, tornou-se um grande cientista. Aos 23 anos foi eleito membro da Academia Francesa de Ciências e, por seu talento, logo foi indicado ao posto de diretor da Administração da Pólvora, um dos comitês da academia.
Aos 29 anos, Lavoisier casou-se com Anne-Marie, filha de 13 anos de um dos sócios da Ferme Générale. A esposa do cientista teve um papel importantíssimo nas pesquisas de Lavoisier. Era ela quem traduzia obras científicas do inglês para o francês, acompanhava as experiências do marido, fazia anotações e ilustrações.
Em 1789, Lavoisier lançou o Tratado Elementar de Química, obra que seria considerada de grande importância para a ciência.
O seu trabalho de pesquisa era caracterizado pela frequente utilização da balança, descobrindo a importância da massa da matéria em estudos químicos. Conclui que a soma das massas dos reagentes é igual à soma das massas dos produtos da reacção, estabelecendo a Lei de Conservação da matéria: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". O seu trabalho revolucionou a imagem da química moderna.
Ao publicar, o "Método de Nomenclatura Química", provocou uma mudança radical na linguagem desse ramo da ciência, ao ponto da terminologia por ele criada para designar substâncias químicas, ser comum á que se utiliza nos dias de hoje. Antoine Lavoisier descobriu que o oxigénio, em contacto com uma substância inflamável produz combustão. Finalmente, decompondo a água, confirmou o resultado já previsto por Cavendish que tinha sintetizado a água a partir do Hidrogénio e do Oxigênio.
Gustav Robert Kirchhoff
Gustav Robert Kirchhoff, físico alemão, nascido no dia 12 de março de 1824 em Berlim. Fez importante contribuição para a ciência na área da espectroscopia, na emissão de radiação dos corpos negros, na teoria da elasticidade e na formulação de teorias da termodinâmica.
Era filho de Friedrich Kirchhoff, advogado e Johanna Henriette.
Formou-se na Universidade de Konigsberg na Prússia (atual Rússia) em 1847.
Casou-se com clara Richelot, filha de Richelot, um de seus professores de matemática. No mesmo ano, mudou-se para Berlim.
Em 1845, formula leis baseadas no Princípio da Conservação da Energia e no Princípio de Conservação da Carga Elétrica.
Foi professor de física na Universidade de Heidelberg de 1854 a 1874. Estudou a aplicação da teoria mecânica do calor nos processos físicos e químicos, uma valiosa colaboração à teoria da difração, da reflexão e da refração da luz.
Em 1859, com Bunsen iniciou estudos da análise espectral. Descobriram os elementos químicos césio e rubídio em 1861.
Trabalhou na Universidade de Berlim, a partir de 1874 até o fim de sua vida. Tornou-se sócio da Academia.
Fez outros notáveis trabalhos na área de física, como teorias quânticas, poder de emissão, comprimento de onda e temperatura, fluidos, hidráulica, óptica e circuitos elétricos.
Kirchhoff morreu em Berlim, na Alemanha em 1887.
Albert Einstein
Físico alemão de origem judaica, foi um dos maiores cientistas de todos os tempos, nasceu em 14 de março de 1879 na cidade de Ulm, Württemberg, Alemanha.. É conhecido especialmente por sua teoria da relatividade, que expôs pela primeira vez em 1905, quando tinha apenas 26 anos de idade. Suas contribuições à ciência foram muitas.
Relatividade: A teoria da relatividade de Einstein revolucionou o pensamento científico, com suas concepções novas sobre o tempo, o espaço, a massa, o movimento e a gravitação.
Assim, Einstein foi um dos criadores da idade atômica. Ao elaborar sua teoria, baseou-se num pensamento filosófico profundo e num raciocínio matemático complexo.
O ano de 1905 marcou época na história da ciência física, pois Einstein apresentou três de suas maiores contribuições ao conhecimento científico. Foi então que ele escreveu os trabalhos, publicados num periódico científico alemão, intitulado Annalen der Physik (Anais de Física), cada um dos quais veio a converter-se na base de um novo ramo da física.
Em um desses trabalhos, Einstein sugeriu que a luz poderia ser concebida como uma corrente formada de partículas ínfimas, às quais deu o nome de quanta. Essa idéia passou a constituir uma parte importante da teoria quântica. Antes de Einstein, cientistas já tinham descoberto que um feixe luminoso brilhante, incidindo sobre um metal, levava-o a emitir elétrons, que poderiam transformar-se numa corrente elétrica. Mas os cientistas não podiam explicar o fenômeno, a que tinham dado o nome de efeito fotelétrico. Einstein, entretanto, explicou esse efeito, baseando-se na sua teoria quântica. Mostrou que, quando os quanta de energia luminosa atingem átomos de um metal, forçam-no a desprender elétrons.
A obra de Einstein ajudou a comprovar a teoria quântica. Ao mesmo tempo, deu ao efeito fotoelétrico uma explicação impossível de conceber, enquanto os cientistas continuassem a afirmar que a luz se propagava exclusivamente através de ondas. A célula fotoelétrica ou olho eletrônico que é uma decorrência do trabalho de Einstein tornou possíveis o cinema sonoro, a televisão e muitos outros inventos. Por seu trabalho sobre os quanta, Einstein recebeu o prêmio Nobel de física de 1921.
Num segundo trabalho, intitulado A Eletrodinâmica dos Corpos em Movimento, Einstein apresentou a teoria da relatividade restrita. Em virtude dessa teoria, que mostra a relatividade do tempo - idéia jamais concebida antes - o nome de Einstein passou a ser amplamente conhecido. Em 1944, uma cópia do famoso manuscrito de Einstein sobre a eletrodinâmica serviu de base para um investimento de seis milhões e 500 mil dólares em bônus de guerra, num leilão realizado na cidade de Kansas, E.U.A. O trabalho foi mais tarde enviado para a Biblioteca do Congresso em Washington. Em outro estudo, publicado em 1905, Einstein demonstrou a equivalência entre massa e energia.
O terceiro importante trabalho de Einstein, em 1905, dizia respeito ao movimento browniano, um movimento em ziguezague de partículas microscópicas suspensas num líquido ou gás. Esse movimento confirmava a teoria atômica da matéria.
Einstein apresentou esses trabalhos antes de assumir posto acadêmico. Mas, em 1909, foi nomeado professor de física teórica da Universidade de Zurique, na Suíça. Em 1911 e 1912, ocupou posto equivalente na Universidade Alemã de Praga, no antigo Império Austro-Húngaro. Função semelhante passou a desempenhar, em 1912, no Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, Suíça. Em 1913, Einstein era eleito membro da Academia Prussiana de Ciências, sediada em Berlim. Um ano depois, ao aceitar o posto de professor de física na Universidade de Berlim, readquiriu a cidadania alemã. No mesmo ano, foi nomeado diretor do Instituto de Física Kaiser Guilherme, também na capital alemã, postos que ocupou até 1933.
Einstein casou-se duas vezes. Separou-se da primeira mulher logo após sua chegada a Berlim. Durante a Primeira Guerra Mundial, desposou sua prima-irmã, Elsa, que veio a morrer em Princeton em 1936, depois de compartilhar com ele, fielmente, sua vida. De seu primeiro casamento, teve dois filhos; com o segundo, ganhou duas enteadas.
Einstein era, por natureza, profundamente religioso. Entretanto, jamais se ligou a qualquer religião ortodoxa. Embora achando a crença num deus pessoal um conceito demasiadamente específico para ser aplicável ao Ser em ação neste mundo, Einstein jamais admitiu um universo caracterizado pelo acaso e pelo caos. No universo, pensava ele, deveriam reinar a lei e a ordem absolutas. Certa vez afirmou: "Deus pode ser muito sofisticado, mas não é malicioso." Einstein morreu em 18 de abril de 1955.