terça-feira, 21 de junho de 2016

Misturas

Misturas são aqueles sistemas formados pela interação entre duas ou mais substâncias puras, podendo ocorrer uma leve interação entre elas ou a interação total das moléculas do sistema. Quando a interação entre as moléculas do sistema é parcial chamamos a mistura de heterogênea, e quando a interação entre as moléculas é total chamamos de homogênea.

Também podemos classificar uma mistura de acordo com o número de fases formadas pelo sistema. Se o sistema possui uma fase, é chamado de monofásico e se o sistema possui mais de uma fase ele é chamado de polifásico.

Mistura Homogênea
Água e álcool
É assim classificada porque não podemos identificar seus componentes quando a observamos, como por exemplo uma mistura de água e álcool. Em todos os pontos da mistura são observadas as mesmas características. Por isso a mistura homogênea também é chamada de monofásica.

Mistura Heterogênea

Assim conhecidas porque podemos identificar seus componentes quando a observamos, como por exemplo a água e o óleo. Os dois não se misturam. Desta forma descriminamos as fases: uma da água e outra do óleo. Ao contrário da outra, essas misturas não possuem as mesmas características, sendo por isto também conhecidas como mistura polifásica. No exemplo dado, chamamos a mistura de bifásica por causa de suas duas fases. Quando apresenta três fases, é trifásica; quatro ou mais, polifásica.

domingo, 19 de junho de 2016

Notação Científica


O homem sempre teve a necessidade de medir as coisas que o cerca. Na Antiguidade, com o início da pecuária, por exemplo, um pastor de ovelhas utilizava-se de pedras para contar a quantidade de ovelhas que possuía, hoje em dia, cientistas medem as distâncias estimadas entre a Terra e galáxias distantes e, até mesmo, medem o tamanho de células e estimam a massa de um elétron.

Medir distância entre planetas e estrelas ou estimar a massa de partículas muito pequenas, tornou-se algo muito difícil em razão da quantidade de algarismos envolvidos nos números e as unidades de medidas do sistema internacional. Com isso, cientistas encontraram uma forma de melhorar e facilitar a escrita do número. Essa nova forma de representação numérica chama-se Notação Científica.

Nas ciências exatas, é muito comum a representação de medidas sob a forma de um número multiplicado por uma potência de 10, como, por exemplo, 6 x 1023. Esse modelo de expressão de medidas é chamado de notação científica ou exponencial.

A notação científica é um modo de representação métrica muito útil porque permite escrever números muito extensos ou muito pequenos de uma maneira mais compacta, tornando os cálculos mais simples. Essa vantagem faz com que a notação científica seja muito utilizada nos ramos da Física, Química e Engenharias.

A notação científica é uma outra forma de escrevermos números reais recorrendo a potências de 10.

Para escrevemos o número real n em notação científica precisamos transformá-lo no produto de um número real igual ou maior que 1 e menor que 10, por uma potência de 10 com expoente inteiro.

A mantissa é obtida se posicionando a vírgula à direita do primeiro algarismo significativo deste número. Se o deslocamento da vírgula foi para a esquerda, a ordem de grandeza será o número de posições deslocadas. Se o deslocamento da vírgula foi para a direita, a ordem de grandeza será o simétrico do número de posições deslocadas, será portanto negativa.

Veja como fica 2048 escrito na forma de notação científica:


2048 foi escrito como 2,048, pois 1 ≤ 2,048 < 10.

Como deslocamos a vírgula 3 posições para a esquerda, devemos multiplicar 2,048 por 103 como compensação.

Veja agora o caso do número 0,0049 escrito na forma de notação científica:


Neste caso deslocamos a vírgula 3 posições à direita, então devemos multiplicar 4,9 por 10-3. Veja que neste caso a ordem de grandeza é negativa.

Outras notações:



A adição na notação científica
Para adicionarmos termos numéricos escritos como notação científica, os números devem possuir a mesma ordem de grandeza, ou seja, o mesmo expoente. Quando isso acontece, podemos somar os coeficientes e conservar a potência de base dez. Veja a fórmula geral e alguns exemplos:
Fórmula Geral para adição na notação científica
(x . 10a) + ( y . 10a) = (x + y) . 10a
  • Exemplo: Efetue a adição das notações científicas abaixo:
    a) 1,2 . 10 2 + 11,5 . 102 = (1, 2 + 11. 5) . 102 = 12,7 . 102
    b) 0,23 . 10-3 + 0,4 . 10-3 = (0,23 + 0,4) . 10-3 = 0,63 . 10-3
    c) 0,2 . 10 + 3,5 . 10= 20 . 10+ 3,5 . 102 = (20 + 3,5) . 102 = 23,5 . 10→ Nesse exemplo, tivemos que transformar 0,2 para 20. Ao fazer isso, obtemos a mesma ordem de grandeza para as duas notações científicas.
A subtração na notação científica
Subtraímos os coeficientes na notação cientifica quando as ordens de grandeza da base dez são iguais. Observe a seguir a fórmula geral e alguns exemplos:
Fórmula Geral para subtração na notação científica
(x . 10a) - ( y - 10a) = (x - y) . 10a
  • Exemplo: Obtenha os resultados das subtrações abaixo:
    a) 34,567 . 103 – 5,6 . 103 = (34,567 – 5,6) . 103 = 28,967 . 103
    b) 1,14 . 10-2 – 0,26 . 10-2 = (1,14 – 0.26) . 10-2 = 0,88 . 10-2
    c) 25,4 . 10- 12,3 . 103 = 25,4 . 10- 1,23 . 102 = (25,4 – 1,23) . 102 = 24,17 . 10→ Tivemos que transformar 12,3 para 1,23, pois a ordem de grandeza escolhida para a base dez foi o número 2.
A grande vantagem da notação cientifica é que as operações de multiplicação e de divisão ficam bem mais facil pela adição e subtração dos expoentes das potencias de 10:

A multiplicação na notação científica

 (1,1 x 104x (2,1 x 103)= → (1,1 x 2,1) x (10x 103)= → 2,31 x 104+3 → 2,31 x 107

A forma de resolver é igualar as bases iguais, no caso do exemplo acima (1,1 x 2,1) (10x 103)efetuando a multiplicação no primeiro excluindo os parênteses, no segundo mantendo a base 10 e fazendo o calculo dos expoentes, 107.
A divisão na notação científica

 9,3 10-6 ÷ 3,1 x10-3 = → 9,3 ÷ 3,1 10-6 103= → 3,0 x10-3

A forma de resolver é manter a divisão no primeiro termo ( 9,3 ÷ 3,1) e passar a potência de 10 que esta dividindo com a potência de 10 da notação ex, (9,3 x10-6) multiplicando e trocando o sinal do expoente, ficando basicamente assim 9,3 ÷ 3,1 10-6 103  , agora é só efetuar a divisão e manter a base 10, fazendo o calculo dos expoentes.

sábado, 18 de junho de 2016

18 de Junho: Dia Nacional do Químico



O dia 18 de junho foi escolhido como o Dia Nacional do Químico, pois, nessa data, no ano de 1956, foi promulgada pelo então Presidente Juscelino Kubitschek a “Lei Mater dos Químicos” - Lei nº 2800/56. Essa data teve muita importância para os profissionais da Química no Brasil, pois essa lei regularizou o exercício da profissão de Químico e também criou os Conselhos de Química: CFQ/CRQs (Conselho Federal de Química e Conselhos Regionais de Química).

Com isso, os químicos não só deixaram de ser uma classe praticamente desconhecida em nosso país, como também passaram a atuar mais ativamente no progresso tecnológico, melhorando a qualidade dos produtos nacionais.

O contingente de profissionais da Química integra as seguintes categorias: Técnicos em Química, Bacharéis/Licenciados em Química, Químicos Industriais ou Tecnólogos equivalentes, Engenheiros Químicos e suas especializações, entre outros, o que forma uma gama de cerca de 50 denominações.

Além de determinar quem era realmente o profissional da Química, a promulgação da Lei nº 2800/56 tornou possível que os próprios químicos exercessem a fiscalização do exercício profissional.

As atividades desempenhadas no exercício da profissão de Químico podem ser vistas em detalhes no Decreto nº 85877/81 e nas Resoluções Normativas do Conselho Federal de Química, em particular, a resolução de nº 36/74, acrescida das “Normas de Resto” contidas no art. 341 da CLT e no art 2º do Decreto 85877/81.

Atualmente, existem cerca de 200 mil profissionais em atividade no Brasil, e 85 mil atuam em São Paulo – de acordo com dados do Sindicato dos Químicos, Químicos Industriais e Engenheiros Químicos do Estado de São Paulo (Sinquisp).

A categoria tem grande importância econômica para o País, pois contribui efetivamente com o crescimento econômico do Brasil, tendo papel fundamental para o desenvolvimento tecnológico e farmacêutico. A indústria química detém a terceira maior participação setorial do Brasil na constituição do Produto Interno Bruto (PIB); por ano, o setor chega a ter participação em 3%.

Uma das principais reivindicações da categoria é a retomada do crescimento econômico. O profissional de química tem um vasto campo de atuação. Da indústria à universidade, pode atuar em diversas áreas, desde que possua capacidade de análise e concentração com interesse pelas ciências e facilidade para matemática. No entanto, vive-se num período de recessão com muitas empresas fechando, por isso a reivindicação para a retomada do crescimento e o fim das demissões.

A categoria também reivindica a garantia do piso para os químicos graduados, de oito salários mínimos, e a redução da jornada de trabalho para 36 horas, conforme estabelece a Lei 4.950A/66. Além disso, a categoria também pede 20% de adicional para os profissionais que atuam como técnico responsável nas indústrias.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Temperatura X Calor

Temperatura e calor são dois conceitos bastante diferentes e que muitas pessoas acreditam ser a mesma coisa. Nota-se que grande parte da população é desentendida sobre o assunto, e ao checar a temperatura, logo faz afirmações de que "está calor" ou que "está frio". 

No entanto, o entendimento desses dois conceitos se faz necessário para o estudo da termologia. A termologia é um ramo da física que estuda as relações de troca de calor ou qualquer manifestação de energia capaz de produzir variação de temperatura ou alteração do estado físico dos corpos, quando esses recebem ou cede calor.

O que é temperatura?

Temperatura é a grandeza física associada ao estado de movimento ou à agitação das partículas constituintes de um corpo ou sistema de corpos. A temperatura está associada à sensação de quente ou frio que se percebe ao tocar um objeto. No entanto a sensação do tato não nos fornece precisão da temperatura. Para isso existem os termômetros, aparelhos que são graduados em uma escala para medir a temperatura dos corpos.

É a grandeza física que nos possibilita entender as sensações de quente e frio. Temperatura está associada ao estado de agitação das moléculas de um corpo, podendo ser entendida como sendo um valor numérico que expressa tal estado de agitação das moléculas de um corpo. Logo, quanto maior a energia cinética das partículas de um corpo, maior será sua temperatura.

O que é calor?

Calor é definido como sendo energia que se transfere de um sistema, (conjunto de partículas), para outro sistema, unicamente devido a diferença de temperatura existente entre eles, fluindo naturalmente do sistema de maior temperatura para o de menor temperatura. 

Quando dois corpos possuem temperaturas diferentes surge uma transferência de energia térmica, ou seja, o corpo que está mais quente cede energia para o que está com menor temperatura até que seja atingido o equilíbrio térmico. Esta energia em trânsito é chamada de calor.

Qual a diferença?

É importante observar a diferença entre temperatura e calor. O calor é a energia térmica em movimento. Esta transferência de energia ocorre quando dois corpos possuem temperaturas diferentes, tendendo ao equilíbrio térmico, ou seja, a transferência de energia térmica ocorre enquanto existir a diferença de temperatura.

Para que seja possível medir a temperatura de um corpo, foi desenvolvido um aparelho chamado termômetro.

O termômetro mais comum é o de mercúrio, que consiste em um vidro graduado com um bulbo de paredes finas que é ligado a um tubo muito fino, chamado tubo capilar.

Quando a temperatura do termômetro aumenta, as moléculas de mercúrio aumentam sua agitação fazendo com que este se dilate, preenchendo o tubo capilar. Para cada altura atingida pelo mercúrio está associada uma temperatura.

A escala de cada termômetro corresponde a este valor de altura atingida, e são utilizadas três diferentes escalas para medir a temperatura:

Escala Celsius

É a escala usada no Brasil e na maior parte dos países, oficializada em 1742 pelo astrônomo e físico sueco Anders Celsius (1701-1744). Esta escala tem como pontos de referência a temperatura de congelamento da água sob pressão normal (0 °C) e a temperatura de ebulição da água sob pressão normal (100 °C).

Escala Fahrenheit

Outra escala bastante utilizada, principalmente nos países de língua inglesa, criada em 1708 pelo físico alemão Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736), tendo como referência a temperatura de uma mistura de gelo e cloreto de amônia (0 °F) e a temperatura do corpo humano (100 °F). Esta escala é utilizada nos Estados Unidos da América.

Escala Kelvin

Também conhecida como escala absoluta, foi verificada pelo físico inglês William Thompson (1824-1907), também conhecido como Lorde Kelvin. Esta escala tem como referência a temperatura do menor estado de agitação de qualquer molécula (0 K) e é calculada a partir da escala Celsius. Por convenção, não se usa "grau" para esta escala, ou seja 0 K, lê-se zero Kelvin e não zero grau Kelvin. Esta escala é utilizada no ramo científico.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Força Magnética

A força magnética possui características bem diferentes da força elétrica. A força elétrica como se sabe, só começa a agir em uma carga elétrica quando ela penetra em uma região onde tem a presença de um campo elétrico qualquer. Por outro lado, se essa carga penetra em um campo magnético isso nem sempre acontece de fato, pois o campo magnético não atua em cargas que estejam estáticas (em repouso).

Um campo magnético não atua sobre cargas elétricas em repouso, mas se pegarmos esta carga e lançarmos com uma velocidade v em direção a uma área onde há um campo magnético B pode aparecer uma força F atuando sobre esta carga, denominada força magnética. As características desta força magnética foram determinadas pelo físico Hendrick Antoon Lorentz (1853-1920).

A intensidade da força magnética pode ser obtida por:



FM = força magnética
|q| = módulo da carga elétrica
V = velocidade da carga elétrica
senα = ângulo entre o vetor velocidade e o vetor campo magnético B

No SI a unidade de intensidade do campo magnético é o tesla representado pelo símbolo T.

A força magnética tem um papel fundamental em todas as áreas da física, como Teoria de campos, física de partículas e etc. Como exemplo, ela é essencial para que aceleradores de partículas funcionem. Mas como se pode pensar a força magnética em termos matemáticos? Essa força, assim como todas as outras forças existentes, é uma grandeza vetorial, no entanto ela possui uma direção, um sentido e um módulo (tamanho). O sentido da força magnética pode ser estudado usando a regra da mão direita.

A regra da mão direita diz o seguinte:

O dedo polegar deve ser colocado sempre no sentido da velocidade v, os outros quatros dedos parados devem sempre ser colocados no sentido do campo magnético B, finalmente a força magnética terá o sentido da sua palma da mão como se você estivesse empurrando a palma da sua mão. Nesse caso, a regra da mão direita é também conhecida como regra do tapa. O desenho abaixo serve para descrever melhor esse método.
Regra da Mão Direita

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Experimento #3: Talheres e Centro de Massa

A terceira experiência do blog Fisicando. Dessa vez é sobre o centro de massa, que desafia os nossos olhos e lógica. A "mágica" e explicação você confere no vídeo abaixo.


Magnetismo



O magnetismo é conhecido desde o século VII aC, através de textos gregos que fazem referência à observação de propriedades magnéticas em certos corpos constituídos de um mineral proveniente da região da Magnésia – daí o nome magnetismo. Depois destes textos, temos somente por volta do VII dC, com os chineses, antigos relatos sobre o uso da bússola para caminhos marítimos.

Por dezenas de séculos, o magnetismo permaneceu sem interesse. Somente quando os chineses trouxeram a bússola para a Europa, na época do Renascimento, houve um interesse maior pois este instrumento exerceu papel importante nas grandes viagens e descobrimentos que se realizaram na época, como para as grandes navegações pelos oceanos, levando até mesmo ao descobrimento da América.

Porém, o estudo do magnetismo só teve início no século XVI, com Willian Gilbert, publicando os resultados de seu estudo observando o fenômeno do magnetismo. Gilbert foi o primeiro a aplicar métodos científicos no estudo do magnetismo e é creditado como o primeiro descobridor de que a Terra é um grande imã. Seus esforços separando a diferença entre cargas elétricas e cargas magnéticas, trouxe os fundamentos para a ciência da eletricidade e do magnetismo.

O Que é Magnetismo?

Essa palavra se refere a fenômenos físicos decorrentes da força entre ímãs, objetos que produzem campos que atraem ou repelem outros objetos. O magnetismo é o termo utilizado para denominar a área da física que estuda os materiais magnéticos capazes de atrair ou repelir outros objetos. Esta capacidade de atração pode ser explicada pelas forças dipolo, isto é, todos os materiais possuem naturalmente dois polos diferentes e quando entram em contato com objetos de polos iguais eles se repelem, mas quando os polos opostos se encontram eles se atraem. Chamamos a este fenômeno de dipolo magnético e o mesmo pode ser considerado uma grandeza.

Todos os materiais possuem magnetismo, a diferença é que alguns o têm um pouco mais forte do que outros. Ímãs permanentes, feitos a partir de materiais como ferro, experimentam efeitos mais fortes, conhecidos como ferromagnetismo. Esta é a única forma de magnetismo forte o suficiente para ser sentida pelas pessoas.

Alguns materiais são chamados de não magnéticos porque os seus efeitos magnéticos são tão pequenos que são desprezados. O magnetismo também pode variar dependendo da temperatura ambiente e de outros fatores.

Um campo magnético é uma maneira de descrever matematicamente como materiais magnéticos e correntes elétricas interagem. Os campos magnéticos têm ambos uma direção e uma magnitude ou intensidade. Ímãs têm um polo “norte” e um polo “sul”. Polos opostos se atraem e polos iguais se repelem. Estes polos são conhecidos como dipolo magnético. Dipolos magnéticos e correntes elétricas dão origem a campos magnéticos.
Polos de um ímã que se atraem e que se repelem
Um ímã é o que faz a bússola apontar para o norte – o pequeno pino magnético em uma bússola é suspenso para que ele possa girar livremente dentro da bússula e responder ao magnetismo do nosso planeta. A agulha da bússola se alinha e aponta em direção ao polo sul magnético da Terra, que corresponde ao polo norte geográfico.
Polos geográficos e polos magnéticos

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Experimento #2: A Vela que Faz a Água Subir

Mais um experimento usando a Física. Dessa vez, faremos a água subir com uma vela. O que aconteceu e como isso acontece você confere no vídeo abaixo!


quarta-feira, 8 de junho de 2016

8 de Junho: Dia Mundial do Oceano


O dia 08 de Junho é consagrado pelas Nações Unidas como o dia Mundial dedicado aos oceanos, sendo uma oportunidade de examinar o tesouro que os oceanos representam para o nosso planeta, e para lembrar também que os oceanos representam três quartos da superfície do nosso planeta azul.

Desde a origem da vida humana, os oceanos desempenham papel imprescindível não somente para o homem, mas para todo o planeta. Temos como exemplo o fato de que a sua existência foi um dos fatores que permitiram que a vida se originasse na terra a cerca de 4,5 bilhões de anos. A partir daí os oceanos foram cada vez mais se fazendo presentes e necessários em nossas vidas quase que imperceptivelmente.

Os oceanos se fazem necessários, ainda mais hoje com a grande demanda tecnológica e energética que a crescente população mundial exige, em contextos totalmente inimagináveis, onde desempenham funções extraordinárias.

A começar pela manutenção da vida do planeta, os oceanos são os responsáveis pelo regulamento da temperatura, produção de grande parte do oxigênio (O²) existente, caracterização dos diversos tipos de clima, "abrigo" para cerca de 80% das espécies de vida existentes no planeta terra e etc.

Do ponto de vista econômico, os oceanos estão presentes na pesca (alimentação, que ultimamente tem sido um problema devido à grande demanda de alimentos provocada pelo aumento da população mundial), extração de minerais em geral, deslocamento (transporte hidroviário) de navios/barcos menores (importação e exportação de materiais...), desempenha função turística e etc.

Do ponto de vista político, os oceanos também têm como função separar, dividir e/ou agir como fronteira para os continentes, países e afins. Vale destacar que, países que se encontram no litoral, ficam dependentes de outros países em relação à produção destinada a exportação, receber importações... Além de se tornarem mais vulneráveis quanto à defesa do seu país.

Embora os oceanos pareçam infinitos, sua capacidade de resistir às atividades humanas é limitada, particularmente porque eles também enfrentam as ameaças colocadas pelas mudanças climáticas.

Em 2016, as celebrações do Dia Mundial contam com o tema “Oceanos saudáveis, planeta saudável”. Atividades na sede das Nações Unidas em Nova York e em outras partes do mundo vão chamar atenção para os riscos associados ao despejo de cerca 20 milhões toneladas de plástico nos mares por ano.

A poluição provocada por esse tipo material ameaça não apenas os animais aquáticos – que confundem as micropartículas de plástico com alimento –, mas também as pessoas que comem essas espécies e podem acabar ingerindo o poluente.

Seja no litoral ou no alto-mar longe de todos, a salvaguarda de sítios marinhos ricos em biodiversidade é essencial para se garantir o uso sustentável e de longo prazo de recursos naturais preciosos.

 Comlurb tira 40 toneladas de lixo deixado na praia de Copacabana; 'montanha' de resíduos tenta conscientizar banhistas
Lixo na praia de Copacabana
Um dos meios mais comuns de poluição dos oceanos são através das praias. Famílias passam o dia nas areias, consumindo alimentos, e no fim deixam seus rastros de embalagem e restos pelo caminho. A maré sobe, arrastando assim todo o lixo para mar adentro. 

O período do ano em que tal evento mais ocorre é durante as festas de Ano Novo, como na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, onde são retiradas toneladas de lixo após os shows todos os anos. Na virada do ano de 2015 para 2016, a Comlurb coletou um total de 363,5 toneladas de lixo da orla de Copacabana, mesmo com 1600 lixeiras no local.

Aproveite este dia e repense em suas ações. Vá a praia com consciência. Guarde e jogue seu lixo no lixo.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Experimento #1: Copo com Moedas

Quantas moedas cabem num copo com água sem que transborde?
Confira o resultado e a explicação no vídeo abaixo!


*Desculpem meu erro na contagem de 13 para 15, logo diminuam 1 no resultado final do número de moedas.*

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Os Cinco Maiores Físicos da História

Nesta postagem, separamos os cinco maiores físicos de todos os tempos e suas bibliografias em ordem cronológica. 

Sir Isaac Newton


Ele nasceu em Woolsthorpe, Lincolnshire, Inglaterra, e estudou no Trinity College, em Cambridge. Isaac Newton é considerado um dos maiores gênios da história da humanidade. Com certeza, Newton foi o maior cientista europeu desde a época de Arquimedes até a de Albert Einstein . Antes de completar 24 anos de idade, ele já havia criado o teorema dos binômios e o cálculo funcional, descoberto o espectro da luz e escrito sua Teoria da Gravitação. Há quem afirme que ele teria elaborado esta teoria em 1665 ao observar a queda de uma maçã.

Newton também inventou o telescópio refletor, que era diferente do simples, tipo refrator, inventado por Hans Lippershey (1570-1619) em 1608. No telescópio refletor, a luz não era simplesmente ampliada, mas refletida diretamente para o olho da pessoa por meio de um espelho grande e côncavo e de um espelho pequeno e plano, sem passar por lentes de vidro.

Em 1667, com apenas 25 anos de idade, Newton foi eleito membro do Trinity College. Enquanto esteve em Cambridge, desenvolveu as famosas Três Leis do Movimento, uma façanha espetacular para uma pessoa ainda tão jovem.

Em 1687, Newton publicou seus Princípios Matemáticos da Filosofia Natural. Neste trabalho, universalmente conhecido como Principia (por ter sido escrito e publicado originalmente em latim), ele demonstrou a estrutura do Universo, o movimento dos planetas e calculou a massa do Sol, dos planetas e de algumas luas. Se Colombo e Magalhães haviam provado que a Terra era esférica, Newton demonstrou que a Terra não é uma esfera perfeita, mas uma esferóide oblonga – ligeiramente achatada nos pólos pela força centrífuga de sua própria rotação. Seu trabalho teórico com luz e telescópios foi combinado num único compêndio, intitulado Óptica, publicado em 1704.

Newton pertenceu ao Parlamento inglês de 1701 a 1705, foi feito cavalheiro pela rainha Ana (1665-1714) em 1705 e ocupou o cargo de presidente da Sociedade Real de 1703 até 1727, quando morreu em Kensington.

Assim como Marco Pólo e Cristóvão Colombo expandiram a visão que nossos ancestrais tinham dos parâmetros geográficos do mundo, Newton, melhor do que ninguém, ajudou as pessoas a entender as forças físicas que governam toda a matéria, desde as estrelas no céu até as maçãs que caem de uma árvore num quintal qualquer da Terra.

Benjamin Franklin

Franklin na nota de 100 dólares, dos EUA.
Benjamin Franklin nasceu em 17 de janeiro de 1706 na cidade de Boston. Foi cientista, diplomata, escritor, jornalista, filósofo e servidor público norte-americano, que investigou e interpretou o fenômeno elétrico da carga positiva e negativa, estudo que levou mais tarde à invenção do pára-raios.
  
De origem humilde, aprendeu a ler sozinho, mas aos dez anos foi obrigado a deixar os estudos para trabalhar com o pai. Empregou-se depois na oficina gráfica do irmão e, aos 17 anos, mudou-se para Filadélfia, onde trabalhou como impressor, dedicando as horas de folga ao estudo das letras e das ciências. Em 1729 tornou-se proprietário de uma oficina gráfica e iniciou logo depois a publicação do jornal The Pennsylvania Gazette, que seria mais tarde o Saturday Evening Post. 

Aos 47 anos acumulara tamanha fortuna que se retirou dos negócios. Criou em Filadélfia o corpo de bombeiros, fundou a primeira biblioteca circulante dos Estados Unidos e uma academia que mais tarde se transformou na Universidade da Pensilvânia. Organizou um clube de leituras e debates, que deu origem à Sociedade Americana de Filosofia, e ajudou a fundar o hospital do estado. 

Nunca deixou de estudar. Aprendeu idiomas, tocava vários instrumentos e dedicava-se também às ciências. Suas obras sobre eletricidade, das quais a mais importante é Experiências e observações sobre eletricidade (1751), foi publicada nas colônias e na Europa. Inventou o pára-raios e criou termos técnicos que ainda hoje são usados, como bateria e condensador. Participou da assembléia da Pensilvânia e, no congresso de Albany (1754), apresentou um plano de união das colônias inglesas.
  
Em março de 1775, convencido de que a guerra pela independência era iminente, retornou a Filadélfia. Designado delegado ao II Congresso Continental, fez parte, com Thomas Jefferson e Samuel Adams, do comitê que redigiu a declaração de independência (1776). Tentou inutilmente convencer os canadenses a entrarem na guerra como aliados das 13 colônias. Ainda em 1776, partiu para a França, em busca de ajuda, e foi recebido como personalidade eminente nos círculos parisienses. Assinou o tratado de aliança entre os dois países e em 1783 assinou o tratado de paz com a Grã-Bretanha. 

De volta a Filadélfia em 1785, foi recebido com entusiasmo pelos concidadãos e eleito presidente da Pensilvânia. Foi um dos delegados da convenção que elaborou a constituição americana e tentou em vão abolir a escravatura. 

As atividades intelectuais de Franklin abrangeram os mais variados ramos do conhecimento humano, das ciências naturais, educação e política às ciências humanas e artes. Escreveu numerosos ensaios, artigos e panfletos. Sua obra mais importante é a Autobiography, publicada postumamente (1791). Chamado pelos contemporâneos de "apóstolo dos tempos modernos", Franklin viveu os cinco últimos anos de vida retirada da vida pública, cercado de amigos. Morreu em 17 de abril de 1790 em Filadélfia.

Antoine de Lavonsier


Lavoisier nasceu em Paris, a 26 de Agosto de 1743 e faleceu guilhotinado aos 51 anos de idade no dia 31 de março de 1727, por pertencer a uma família nobre, levando a população a pensar que participava do corrupto sistema cheio de impostos sobre a sociedade. Ficou conhecido como o responsável pela descoberta de salitre e do diamante como forma cristalina do carbono. 

Formou-se em Direito, mas nunca exerceu a profissão. Fisgado pela Química, tornou-se um grande cientista. Aos 23 anos foi eleito membro da Academia Francesa de Ciências e, por seu talento, logo foi indicado ao posto de diretor da Administração da Pólvora, um dos comitês da academia.

Aos 29 anos, Lavoisier casou-se com Anne-Marie, filha de 13 anos de um dos sócios da Ferme Générale. A esposa do cientista teve um papel importantíssimo nas pesquisas de Lavoisier. Era ela quem traduzia obras científicas do inglês para o francês, acompanhava as experiências do marido, fazia anotações e ilustrações.
Em 1789, Lavoisier lançou o Tratado Elementar de Química, obra que seria considerada de grande importância para a ciência.

O seu trabalho de pesquisa era caracterizado pela frequente utilização da balança, descobrindo a importância da massa da matéria em estudos químicos. Conclui que a soma das massas dos reagentes é igual à soma das massas dos produtos da reacção, estabelecendo a Lei de Conservação da matéria: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". O seu trabalho revolucionou a imagem da química moderna. 

Ao publicar, o "Método de Nomenclatura Química", provocou uma mudança radical na linguagem desse ramo da ciência, ao ponto da terminologia por ele criada para designar substâncias químicas, ser comum á que se utiliza nos dias de hoje. Antoine Lavoisier descobriu que o oxigénio, em contacto com uma substância inflamável produz combustão. Finalmente, decompondo a água, confirmou o resultado já previsto por Cavendish que tinha sintetizado a água a partir do Hidrogénio e do Oxigênio.

Gustav Robert Kirchhoff


Gustav Robert Kirchhoff, físico alemão, nascido no dia 12 de março de 1824 em Berlim. Fez importante contribuição para a ciência na área da espectroscopia, na emissão de radiação dos corpos negros, na teoria da elasticidade e na formulação de teorias da termodinâmica.

Era filho de Friedrich Kirchhoff, advogado e Johanna Henriette.
Formou-se na Universidade de Konigsberg na Prússia (atual Rússia) em 1847. 

Casou-se com clara Richelot, filha de Richelot, um de seus professores de matemática. No mesmo ano, mudou-se para Berlim.

Em 1845, formula leis baseadas no Princípio da Conservação da Energia e no Princípio de Conservação da Carga Elétrica.

Foi professor de física na Universidade de Heidelberg de 1854 a 1874. Estudou a aplicação da teoria mecânica do calor nos processos físicos e químicos, uma valiosa colaboração à teoria da difração, da reflexão e da refração da luz.

Em 1859, com Bunsen iniciou estudos da análise espectral. Descobriram os elementos químicos césio e rubídio em 1861.

Trabalhou na Universidade de Berlim, a partir de 1874 até o fim de sua vida. Tornou-se sócio da Academia.

Fez outros notáveis trabalhos na área de física, como teorias quânticas, poder de emissão, comprimento de onda e temperatura, fluidos, hidráulica, óptica e circuitos elétricos.

Kirchhoff morreu em Berlim, na Alemanha em 1887.

Albert Einstein


Físico alemão de origem judaica, foi um dos maiores cientistas de todos os tempos, nasceu em 14 de março de 1879  na cidade de Ulm, Württemberg, Alemanha.. É conhecido especialmente por sua teoria da relatividade, que expôs pela primeira vez em 1905, quando tinha apenas 26 anos de idade. Suas contribuições à ciência foram muitas.
Relatividade: A teoria da relatividade de Einstein revolucionou o pensamento científico, com suas concepções novas sobre o tempo, o espaço, a massa, o movimento e a gravitação.
Assim, Einstein foi um dos criadores da idade atômica. Ao elaborar sua teoria, baseou-se num pensamento filosófico profundo e num raciocínio matemático complexo.
O ano de 1905 marcou época na história da ciência física, pois Einstein apresentou três de suas maiores contribuições ao conhecimento científico. Foi então que ele escreveu os trabalhos, publicados num periódico científico alemão, intitulado Annalen der Physik (Anais de Física), cada um dos quais veio a converter-se na base de um novo ramo da física. 
Em um desses trabalhos, Einstein sugeriu que a luz poderia ser concebida como uma corrente formada de partículas ínfimas, às quais deu o nome de quanta. Essa idéia passou a constituir uma parte importante da teoria quântica. Antes de Einstein, cientistas já tinham descoberto que um feixe luminoso brilhante, incidindo sobre um metal, levava-o a emitir elétrons, que poderiam transformar-se numa corrente elétrica. Mas os cientistas não podiam explicar o fenômeno, a que tinham dado o nome de efeito fotelétrico. Einstein, entretanto, explicou esse efeito, baseando-se na sua teoria quântica. Mostrou que, quando os quanta de energia luminosa atingem átomos de um metal, forçam-no a desprender elétrons.

A obra de Einstein ajudou a comprovar a teoria quântica. Ao mesmo tempo, deu ao efeito fotoelétrico uma explicação impossível de conceber, enquanto os cientistas continuassem a afirmar que a luz se propagava exclusivamente através de ondas. A célula fotoelétrica ou olho eletrônico que é uma decorrência do trabalho de Einstein tornou possíveis o cinema sonoro, a televisão e muitos outros inventos. Por seu trabalho sobre os quanta, Einstein recebeu o prêmio Nobel de física de 1921.

Num segundo trabalho, intitulado A Eletrodinâmica dos Corpos em Movimento, Einstein apresentou a teoria da relatividade restrita. Em virtude dessa teoria, que mostra a relatividade do tempo - idéia jamais concebida antes - o nome de Einstein passou a ser amplamente conhecido. Em 1944, uma cópia do famoso manuscrito de Einstein sobre a eletrodinâmica serviu de base para um investimento de seis milhões e 500 mil dólares em bônus de guerra, num leilão realizado na cidade de Kansas, E.U.A. O trabalho foi mais tarde enviado para a Biblioteca do Congresso em Washington. Em outro estudo, publicado em 1905, Einstein demonstrou a equivalência entre massa e energia.

O terceiro importante trabalho de Einstein, em 1905, dizia respeito ao movimento browniano, um movimento em ziguezague de partículas microscópicas suspensas num líquido ou gás. Esse movimento confirmava a teoria atômica da matéria. 

Einstein apresentou esses trabalhos antes de assumir posto acadêmico. Mas, em 1909, foi nomeado professor de física teórica da Universidade de Zurique, na Suíça. Em 1911 e 1912, ocupou posto equivalente na Universidade Alemã de Praga, no antigo Império Austro-Húngaro. Função semelhante passou a desempenhar, em 1912, no Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, Suíça. Em 1913, Einstein era eleito membro da Academia Prussiana de Ciências, sediada em Berlim. Um ano depois, ao aceitar o posto de professor de física na Universidade de Berlim, readquiriu a cidadania alemã. No mesmo ano, foi nomeado diretor do Instituto de Física Kaiser Guilherme, também na capital alemã, postos que ocupou até 1933. 

Einstein casou-se duas vezes. Separou-se da primeira mulher logo após sua chegada a Berlim. Durante a Primeira Guerra Mundial, desposou sua prima-irmã, Elsa, que veio a morrer em Princeton em 1936, depois de compartilhar com ele, fielmente, sua vida. De seu primeiro casamento, teve dois filhos; com o segundo, ganhou duas enteadas.

Einstein era, por natureza, profundamente religioso. Entretanto, jamais se ligou a qualquer religião ortodoxa. Embora achando a crença num deus pessoal um conceito demasiadamente específico para ser aplicável ao Ser em ação neste mundo, Einstein jamais admitiu um universo caracterizado pelo acaso e pelo caos. No universo, pensava ele, deveriam reinar a lei e a ordem absolutas. Certa vez afirmou: "Deus pode ser muito sofisticado, mas não é malicioso." Einstein morreu em 18 de abril de 1955.